Andrea Letamendi é uma psicóloga dos super-heróis, uma atividade que ela exerce e que lhe deu
fama. No seu site www.underthemaskonline.com, ela faz da sua profissão
uma arte. Descendente de equatorianos, Letamendi já colaborou com a roteirista
Gail Simone, que escreveu para títulos da DC Comics como Mulher Maravilha e Aves de Rapina, e fez até mesmo uma
participação especial, como psicóloga de Barbara Gordon, a Batgirl. Letamendi é fanática pelos quadrinhos, pela ficção
científica e pela fantasia, e isso lhe permite combinar a profissão e o hobby. O
trabalho a que a profissional se dedica pode ser muito obscuro e tem um tom
profundo e pesado. Por isso, quando faz isso com personagens de ficção, consigue
ter um descanso da realidade. No entanto, a psicóloga diz que a consultoria
para os combatentes do crime na ficção também é uma forma de chamar a atenção
para distúrbios mais sérios. Quando analisa personagens fictícios, procura não só educar as
pessoas sobre doenças psicológicas sérias, mas também normaliza. Essas
condições são muito comuns, por isso não deve há nenhum estigma a respeito.
Letamendi tem pacientes como o Homem de Ferro, que ela diz ser um personagem
complexo. Para ela, o alter ego é Homem de Ferro, mas Tony Stark é um ser
humano, ao contrário de outros super-heróis, ele não tem superpoderes. Outro exemplo de super-herói que é
humano é o Batman, uma das estrelas dos quadrinhos e sua dor, particularmente
nas versões mais recentes, está à flor da pele. Na origem do personagem está o
brutal assassinato de seus pais, que ele presenciou quando criança. Para ela,
trata-se de uma ilustração de trauma. A psicóloga acredita que Bruce Wayne é um
exemplo de resiliência, com capacidade de se sobrepor à dor emocional e aos
traumas. Para Letamendi, assim como Bruce Wayne, Barbara Gordon teve uma
experiência traumática, mas ao contrário dele, não era criança. Não só era uma
jovem, como também já era a Batgirl. Aconteceu em um momento de sua vida em que
havia se afastado de seu papel de super-heroína e estava passando um tempo com
sua família. Se poderia dizer que estava aposentada. Ela foi atacada em sua
casa pelo Coringa, vilão de Gotham City. Enfim, experiências conturbadas no
mundo dos quadrinhos.
2 comentários:
Pode crê, os heróis são os que mais precisam de terapeuta
Se os super heróis precisam imagine os supervilões tipo coringa?
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