4/28/2010

Tira de Snoopy é vendida por US$ 175 milhões

A tira "Peanuts", que traz personagens como Snoopy e Charlie Brown, foi vendida por US$ 175 milhões (aproximadamente R$ 308 milhões) para Joe Boxer, dono da Iconix Brand Group Inc.

O anúncio da venda da unidade que detém os direitos de licenciamento dos personagens foi feito pela E.W. Scripps Co., que comprou a tira em 1950.

Com a venda a Iconix se tornará sócia da família do criador de Snoopy, Charles Schulz. Os herdeiros terão 20% da marca e pagarão essa porcentagem do preço de venda. A Iconix espera lucrar US$ 75 milhões (cerca de R$ 135 milhôes) em royalties.

Criada por Schulz em 1950, a tira é licenciada em mais de 40 países e tem lucros que giram em torno de US$ 2 bilhões (R$ 3,52 bilhões).

4/05/2010

Estátua em resina de TEX à venda






Está à venda em um site de leilões a estátua do ranger Tex Willer, um produto artesanal feito à base de resina. O boneco possui 35 cm de altura. Cada peça está à venda por R$ 350,00.

Entrevista com Verônica Saiki

Por: Pedro Brandt




Verônica Saiki é artista plástica formada pela FADM, Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, de Brasilia. Atuante em atividades como ilustração de livros, escultura, pintura e criadora do personagem Verdugo, o inacreditável. Batalhadora incansável, Verônica adora histórias em quadrinhos. Nessa excelente entrevista, ela nos fala um pouco sobre sua trajetória:



Quando iniciou o seu interesse por histórias em quadrinhos?
Olha, o interesse foi dos sete anos em diante, achava legal os da Turma da Mônica e as tiras que via nos jornais.

Nesta época, o que você lia?
Garfield, Calvin e Haroldo, Niquel Náusea, Snoopy entre outros.

Quando e como começou a sua produção de quadrinhos?
Com uns dez anos comecei a fazer. Criei alguns personagens que até então havia intitulado como Chiclete com Banana, época em que não conhecia os do Angeli. Os protagonistas eram literalmente um chiclete e uma banana e outros que também faziam parte da turma. Fazia minhas revistas e distribuía para os colegas lerem. Algum tempo depois cheguei a participar no Correio Braziliense do caderno que publicava as HQs dos leitores, o Correio da Galera, ainda com esses personagens. Eu enviava tiras e histórias de uma página, era muito estimulante na época!

Como surgiu o Verdugo?
Verdugo surgiu na época que comecei a fazer faculdade de Artes Plásticas em meados de 2001.

Quantas revistas do personagem já foram publicadas até agora?
Já fiz cinco revistas.

Saber desenhar e saber fazer quadrinhos são coisas diferentes. Como foi o seu aprendizado para fazer quadrinhos?
Para mim foram coisas iguais. Eu usava os quadrinhos para melhor aprender a desenhar movimentos e expressões. Já as histórias, surgiam de forma natural, geralmente nas coisas corridas do dia-a-dia que levavam ao humor. Meu aprendizado se iniciou da cópia até passar para os meus próprios personagens. E ele não pára, quanto mais aprendo mais vejo que ainda pouco sei.

Muitas meninas não lêem quadrinhos porque as temáticas das HQs são, geralmente, masculinas. Você acredita que isso justifica o número reduzido de meninas leitoras produzindo HQs?
Eu acredito que o universo das mulheres é mais ligado ao real e o imaginário fica mais ligado aos homens. Tanto que vejo o entusiasmo deles quando comentam de algum super-herói favorito ou algum personagem, o que não vejo tanto entre as mulheres. Acho que eles acreditam nesta idéia mais do que nós mulheres, o que faz o número de produção também ser mais favorável para a ala masculina.

Você acredita que o mangá ajudou a trazer mais meninas para os quadrinhos?
Quando é mangá eu vejo meninas!

Por que?
Pela emoção. A arte dos japoneses tem esse poder melhor que qualquer outra. Tanto os mangás quanto os animes retratam a fundo isso e as mulheres se sintonizam melhor.

Qual o seu conselho para as meninas que querem começar a fazer quadrinhos?
Meu conselho é começar! Nada como rabiscar sem nenhuma pretensão um personagem e aos poucos dar vida a ele com as histórias.

E para aquelas que ainda não lêem quadrinhos?
Para aquelas que ainda não lêem aconselho iniciar com tiras. Hoje tudo está tão mais prático e há muitos sites e blogs recheados de tiras nacionais para serem lidas e comentadas! E aliás, nós humildes autores precisamos das opiniões dos leitores. Um deles, do qual também participo, é o:

http://www.tirasnacionais.blogspot.com/.

Acha que rola preconceito contra a produção femininas nos quadrinhos?
Bom, eu vejo que as pessoas olham com espanto. Numa roda de desenhistas por exemplo, você consegue contar facilmente as mulheres. Então é algo pouco, não por preconceito mas por falta de mais mulheres no campo mesmo. O preconceito pode até vir do lado machista que vê a mulher relacionada só a assuntos do lar e por isso sem tempo para dedicação a outras coisas, inclusive quadrinhos. Mas enfim, trabalhar com HQs é árduo para ambos os sexos.

Qual tem sido o feedback para o seu trabalho?
Ele está vindo de forma natural. As pessoas comentam no blog e pessoalmente, quando vou expor as revistas em eventos. Também levo os produtos: camisetas, chaveiros, etc.. que ajudam ainda mais na divulgação. Mas ainda aguardo mais leitores, pois eles são a mola para que nós possamos continuar.

Você já publicou alguma coisa profissionalmente?
Profissionalmente faço quadrinhos institucionais para clientes e ilustrações de livros, a maioria para a editora Scortecci.

Quais serão os seus próximos trabalhos?
Meus próximos trabalhos estão relacionados a continuidade em ilustrações de livros, os quadrinhos do Verdugo, os quais pretendo evoluir a cada revista e minhas esculturas de papel machê, que é um trabalho que pratico há algum tempo e assim que possível gostaria de expor.

Bonecos dos personagens da série Lost




A McFarlane Toys acaba de produzir vários bonecos baseados nos personagens da série Lost. Cada um deles vem acompanhado de acessórios relacionados ao personagem. São bonecos com ótimo acabamento e com semelhança perfeita com os protagonistas. A McFarlane Toys é simplesmente a melhor empresa desse ramo de brinquedos.

A Regulação do Mercado Cultural

Por: Alex Sampaio*

Sob um aspecto mais amplo, a discussão em relação aos meios de comunicação na nossa sociedade, traz consigo implicações culturais, econômicas e políticas de maneira mais sugestiva do que pensamos. Nela, a televisão ocupa o lugar de destaque. A influência da TV nos lares brasileiros é notória. Sendo assim, outros veículos quase que não conseguem se sobressair junto ao grande público.

Todavia, em face de tal conjuntura, vemos o quanto é difícil chamar a atenção através de outros meios. As revistas como um todo, sofrem para alcançar novos consumidores. Os quadrinhos vivem minguando leitores e suas vendas caem ano após ano. Informação e cultura constitui privilégio de poucos. A economia gira em torno de interesses próprios, sejam políticos, ideológicos ou meramente comerciais.

Muito se fala sobre um mercado organizado de distribuição e controle de quadrinhos, onde poderia haver uma democratização do que se publicaria e conseqüentemente haveria uma abrangência maior. Já houve muito estardalhaço provocado por parte do Governo sobre leis que regularia o mercado cultural, onde verbas e incentivos favoreceriam o artista nacional. Na verdade, nunca houve sequer o interesse por parte dos grandes veículos de comunicações em promover uma ampla discussão em torno do projeto.

A ANCINAV, por exemplo, poderia estar propondo não exatamente o controle da produção cultural do país, e sim, incentivo aos pequenos projetos edificados em minúsculas salas de criação, garantindo assim, uma modernização na arte com amplitude em vários seguimentos. Nesse contexto, os quadrinhos se enquadrariam. Na análise geral, a ANCINAV, não deve só fiscalizar o setor e sim, fazê-lo funcionar. Na verdade, o objetivo da ANCINAV, seria fomentar a indústria do setor e o cumprimento da nova lei , e nunca, fiscalizar de maneira ditatorial, o conteúdo artístico dos projetos. Outro agravante na criação da ANCINAV, é que o nosso Presidente Lula, determinou que somente fossem ouvidos, os representantes do setor da produção de música, cinema, teatro, radio e TV, e daí, seria dada a partida para as discussões para a criação do projeto. Nesse contexto, os representantes das histórias em quadrinhos ficaram de fora das discussões e sem voz no Ministério. O Ex-Ministro Gilberto Gil, que participava dos estudos da ANCINAV, e que já afirmou ser leitor de gibis, nem se lembrou de convidar os artistas da 8º arte na hora de definir metas na sala de reuniões. Incrível!!

Para um bom entendedor, todo projeto deve ser elaborado a partir de uma ampla discussão, com participação de todos os setores da sociedade, através de um processo gradual e democrático. Nesse sentido, participariam Associações de Classes, Sindicatos de Categorias, Organizações de Apoios, Profissionais Liberais, Escolas de Artes, Faculdades, Universidades e veículos interessados. Fora isso, tal discussão ficaria gerida de forma unilateral, favorecendo sempre os meios que detêm o controle de grandes empresas de informação, cultura e entretenimento. Os que realmente precisam de apoio financeiro sempre ficam rejeitados.

O centro do projeto implicaria na mudança de estratégia de apoio, a diversificação de distribuição de verbas públicas, gerando fonte de receita à todos os setores culturais, multiplicando assim, a estrutura da comunicação. Vale uma reflexão acerca da interatividade junto aos seguimentos da sociedade, com abrangência também com os produtores independentes, selecionando e financiando novas idéias, novas realizações, motivando novas tendências e conceitos. Isso feito, a democratização da produção estaria em evidência. Com certeza os efeitos positivos viriam a médio e longo prazo, com soluções adequadas visíveis, como uma necessidade social.

* Alex Sampaio é editor do fanzine Made in Quadrinhos, colecionador de gibis e colunista do blog.

As dez HQs mais caras do mundo




As dez HQs mais caras do mundo

1º. Action Comics Nº 1: US$ 1.390.000,00
2º. Detective Comics No.27: US$1.380.000,00
3º. Superman No.1: US$ 671.000,00
4º. All-American Comics No.16: US$ 430.000,00
5º. Detective Comics No.1: US$ 405.000,00
6º. Marvel Comics No.1: US$ 367.000,00
7º. Batman No.1: US$ 359.000,00
8º. More Fun Comics No.52: US$ 316.000,00
9º. Flash Comics No.1: US$ 289.000,00
10º. Amazing Fantasy No.15: US$ 280.000,00

Fonte: Telegraph