Que dizer da realidade dos quadrinhos nacionais? Quase nada, ou talvez só falar de fatos negativos, como bem frisados por artistas que trabalharam e nada receberam por isso. As editoras que poderiam investir e incentivar a arte nacional, nada ou pouco fazem pelo quadrinho tupiniquim. A Globo e a Abril que poderiam ser para os quadrinhos o que a Rede Globo é para a televisão, preferem continuar investindo em lançamentos de fácil comercio, como as revistas de fofocas de TV. Lamentável...
Os fanzines continuam sendo o porto seguro dos artistas, já que neles a democracia predomina e o público é direcionado. Muitos zines surgem a cada mês, mas a proposta de continuidade esbarra no custo de impressão e distribuição. Muito se fala em uma associação voltada para a divulgação e distribuição de fanzines, mas até agora nada de concreto foi feito. Pelo visto, até mesmo no meio underground a crise chegou.
Percebe-se perfeitamente que o artista brasileiro busca um lugar ao sol desde que sua arte agrade no meio onde ele convive. Os fanzines divulgam seus traços e ele passa a ser conhecido no udi grudi nacional. Surgem elogios, matérias e entrevistas nos zines segmentados e ele percebe que tem talento mas não tem espaço na terra. A conclusão que chegamos é uma só: O artista brasileiro trabalha mesmo é na expectativa de uma oportunidade no mercado americano. Lá eles são remunerados e os gringos já admitem reconhecer que o artista brasileiro tem talento e cumpre as regras do jogo.
Que podemos comentar sobre a participação das HQs nas bancas? Quase nada...Vale ressaltar que a editora Mythos que publica Tex, Zagor, dentre outros heróis, está com intenção de investir no quadrinho nacional. Vamos esperar para ver!
* Fabio Ramos é colaborador do blog, colecionador de gibis e jornalista free lancer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário