8/19/2012

Colecionador troca terreno por 150 mil revistas em quadrinhos



Uma paixão que já dura uma vida. O cearense Silvyo Amarante admira, lê e coleciona todos os tipos de quadrinhos. São mais de 150 mil revistas espalhadas em quatro depósitos. Para Amarante, o hobby virou estilo de vida.
Clássicos da década de 1940, como as revistas O Guri e Gibi, que acabaram virando sinônimo de quadrinhos no Brasil, também fazem parte da coleção. Mas Amarante revela que o acervo vai além dos quadrinhos. Ele diz ter todas as edições da Revista do Esporte e da revista masculina Playboy.
Graças a minha coleção me tornei amigo de artistas conhecidos, como Al Rio [Mulher Maravilha], Ed Bennes [Liga da Justiça] e Clark Kenji Yamamoto [artista independente]. Já trabalhei escrevendo monólogos para Chico Anysio e conheci outros tantos talentos. afirma o colecionador que já foi chamado de louco por parentes e amigos.
A paixão começou quando ele passou a ler as charges da revista O Cruzeiro. Passava horas lendo as charges. Nessa época, passou a pedir quadrinhos ao pai como presente. Aos 10 anos, já frequentava uma feira de colecionadores aos domingos. O tempo passou e Silvyo Amarante, aos 17 anos, montou a primeira loja, localizada no Centro da cidade de Fortaleza com cinco funcionários.
A loja só durou um ano, a proprietária do prédio não quis renovar o contrato de aluguel. Acabou abrindo uma lotérica em 1984. Em dezembro de 1989, Amarante usou tudo que tinha na poupança e o dinheiro da venda de um terreno para comprar a coleção de 150 mil exemplares de revistas de um amigo empresário. Depois de vender 598 exemplares, conseguiu 183 milhões de cruzados. Em 1996, desfez-se da lotérica e montou a loja, onde também adquire exemplares para coleção. A loja que mantém há 15 anos tem desde artigos comuns em qualquer banca de jornal a itens especializados e raros. Hoje, comercialmente, os ítens mais rentáveis são os comics, mas os que vendo em maior quantidade são os mangás. Mas também tem fumetti, manhwa, europeu e até os independentes.

4 comentários:

JODIL disse...

GRANDE! Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!
Tenho algumas raridades, inclusive livros. Pouca coisa.
Das revistas, a mais antiga é uma CARETA, de 1927; dos livros, um de, "Geographia", de 1914, é o item mais antigo. Vou adicioná-lo ao meu sebo: www.seboexlibris.com.br . Sucesso!

LAMBAGE disse...

O CARA MERECE O TROFEU ANGELO AGOSTINI...

Anônimo disse...

Atitude muito legal!

Rogeblow disse...

Esta provado que os gibis tem mais valor do que muitos por ai imaginam.