A agência brasileira Moma, responsável pela criação de duas peças publicitárias acusadas de terem conteúdo pedófilo, teve os prêmios ganhos no festival internacional de Cannes cancelados pelo Estadão, representante oficial do Cannes Lions no Brasil. De acordo com o site CCSP, o Leão de Prata na categoria Press e Leão de Bronze em Outdoor conquistados com campanha de ar-condicionado para Kia Motors, foram conquistados de forma irregular.
As regras do Cannes Lions determinam que, se solicitadas, deverão ser oferecidas provas de que as campanhas foram de fato veiculadas e que foram legitimamente criadas para um cliente pagante. Apesar das várias conversas, a Moma Propaganda não ofereceu as evidências exigidas e, portanto, os prêmios foram cancelados, afirmou Philip Thomas, CEO do Festival, segundo o CCSP.
As propagandas feitas pela Moma pretendiam vender o ar condicionado Dual Zone, que oferece temperaturas diferentes dentro do mesmo veículo. Histórias em quadrinhos sobre a Bela Adormecida e um diálogo entre uma aluna e um professor foram usadas para ilustrar a proposta. Elas foram consideradas inadequadas pela Kia Motors America.
A Kia Motors America disse estar fazendo o possível para informar o consumidor e a mídia que não foi ela que aprovou o anúncio e que, da mesma forma que os consumidores americanos, considera as peças totalmente ofensivas e inapropriadas, afirmou Michael Sprague, vice-presidente de Marketing e Comunicação da KMA.
A Moma lamentou a polêmica levantada em torno das peças, avaliadas por 32 pessoas de diversas nacionalidades em Cannes e que não levantaram qualquer polêmica no momento da avaliação.
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