Por: Pedro Brandt
Quando iniciou o seu interesse por histórias em quadrinhos?
Olha, o interesse foi dos sete anos em diante, achava legal os da Turma da Mônica e as tiras que via nos jornais.
Nesta época, o que você lia?
Garfield, Calvin e Haroldo, Niquel Náusea, Snoopy entre outros.
Quando e como começou a sua produção de quadrinhos?
Com uns dez anos comecei a fazer. Criei alguns personagens que até então havia intitulado como Chiclete com Banana, época em que não conhecia os do Angeli. Os protagonistas eram literalmente um chiclete e uma banana e outros que também faziam parte da turma. Fazia minhas revistas e distribuía para os colegas lerem. Algum tempo depois cheguei a participar no Correio Braziliense do caderno que publicava as HQs dos leitores, o Correio da Galera, ainda com esses personagens. Eu enviava tiras e histórias de uma página, era muito estimulante na época!
Como surgiu o Verdugo?
Verdugo surgiu na época que comecei a fazer faculdade de Artes Plásticas em meados de 2001.
Quantas revistas do personagem já foram publicadas até agora?
Já fiz cinco revistas.
Saber desenhar e saber fazer quadrinhos são coisas diferentes. Como foi o seu aprendizado para fazer quadrinhos?
Para mim foram coisas iguais. Eu usava os quadrinhos para melhor aprender a desenhar movimentos e expressões. Já as histórias, surgiam de forma natural, geralmente nas coisas corridas do dia-a-dia que levavam ao humor. Meu aprendizado se iniciou da cópia até passar para os meus próprios personagens. E ele não pára, quanto mais aprendo mais vejo que ainda pouco sei.
Muitas meninas não lêem quadrinhos porque as temáticas das HQs são, geralmente, masculinas. Você acredita que isso justifica o número reduzido de meninas leitoras produzindo HQs?
Eu acredito que o universo das mulheres é mais ligado ao real e o imaginário fica mais ligado aos homens. Tanto que vejo o entusiasmo deles quando comentam de algum super-herói favorito ou algum personagem, o que não vejo tanto entre as mulheres. Acho que eles acreditam nesta idéia mais do que nós mulheres, o que faz o número de produção também ser mais favorável para a ala masculina.
Você acredita que o mangá ajudou a trazer mais meninas para os quadrinhos? Quando é mangá eu vejo meninas!
Por que?
Pela emoção. A arte dos japoneses tem esse poder melhor que qualquer outra. Tanto os mangás quanto os animes retratam a fundo isso e as mulheres se sintonizam melhor.
Qual o seu conselho para as meninas que querem começar a fazer quadrinhos?
Meu conselho é começar! Nada como rabiscar sem nenhuma pretensão um personagem e aos poucos dar vida a ele com as histórias.
E para aquelas que ainda não lêem quadrinhos?
Para aquelas que ainda não lêem aconselho iniciar com tiras. Hoje tudo está tão mais prático e há muitos sites e blogs recheados de tiras nacionais para serem lidas e comentadas! E aliás, nós humildes autores precisamos das opiniões dos leitores. Um deles, do qual também participo, é o:
Verônica Saiki é artista plástica formada pela FADM, Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, de Brasilia. Atuante em atividades como ilustração de livros, escultura, pintura e criadora do personagem Verdugo, o inacreditável. Batalhadora incansável, Verônica adora histórias em quadrinhos. Nessa excelente entrevista, ela nos fala um pouco sobre sua trajetória:
Quando iniciou o seu interesse por histórias em quadrinhos?
Olha, o interesse foi dos sete anos em diante, achava legal os da Turma da Mônica e as tiras que via nos jornais.
Nesta época, o que você lia?
Garfield, Calvin e Haroldo, Niquel Náusea, Snoopy entre outros.
Quando e como começou a sua produção de quadrinhos?
Com uns dez anos comecei a fazer. Criei alguns personagens que até então havia intitulado como Chiclete com Banana, época em que não conhecia os do Angeli. Os protagonistas eram literalmente um chiclete e uma banana e outros que também faziam parte da turma. Fazia minhas revistas e distribuía para os colegas lerem. Algum tempo depois cheguei a participar no Correio Braziliense do caderno que publicava as HQs dos leitores, o Correio da Galera, ainda com esses personagens. Eu enviava tiras e histórias de uma página, era muito estimulante na época!
Como surgiu o Verdugo?
Verdugo surgiu na época que comecei a fazer faculdade de Artes Plásticas em meados de 2001.
Quantas revistas do personagem já foram publicadas até agora?
Já fiz cinco revistas.
Saber desenhar e saber fazer quadrinhos são coisas diferentes. Como foi o seu aprendizado para fazer quadrinhos?
Para mim foram coisas iguais. Eu usava os quadrinhos para melhor aprender a desenhar movimentos e expressões. Já as histórias, surgiam de forma natural, geralmente nas coisas corridas do dia-a-dia que levavam ao humor. Meu aprendizado se iniciou da cópia até passar para os meus próprios personagens. E ele não pára, quanto mais aprendo mais vejo que ainda pouco sei.
Muitas meninas não lêem quadrinhos porque as temáticas das HQs são, geralmente, masculinas. Você acredita que isso justifica o número reduzido de meninas leitoras produzindo HQs?
Eu acredito que o universo das mulheres é mais ligado ao real e o imaginário fica mais ligado aos homens. Tanto que vejo o entusiasmo deles quando comentam de algum super-herói favorito ou algum personagem, o que não vejo tanto entre as mulheres. Acho que eles acreditam nesta idéia mais do que nós mulheres, o que faz o número de produção também ser mais favorável para a ala masculina.
Você acredita que o mangá ajudou a trazer mais meninas para os quadrinhos? Quando é mangá eu vejo meninas!
Por que?
Pela emoção. A arte dos japoneses tem esse poder melhor que qualquer outra. Tanto os mangás quanto os animes retratam a fundo isso e as mulheres se sintonizam melhor.
Qual o seu conselho para as meninas que querem começar a fazer quadrinhos?
Meu conselho é começar! Nada como rabiscar sem nenhuma pretensão um personagem e aos poucos dar vida a ele com as histórias.
E para aquelas que ainda não lêem quadrinhos?
Para aquelas que ainda não lêem aconselho iniciar com tiras. Hoje tudo está tão mais prático e há muitos sites e blogs recheados de tiras nacionais para serem lidas e comentadas! E aliás, nós humildes autores precisamos das opiniões dos leitores. Um deles, do qual também participo, é o:
http://www.tirasnacionais.blogspot.com/.
Acha que rola preconceito contra a produção femininas nos quadrinhos?
Bom, eu vejo que as pessoas olham com espanto. Numa roda de desenhistas por exemplo, você consegue contar facilmente as mulheres. Então é algo pouco, não por preconceito mas por falta de mais mulheres no campo mesmo. O preconceito pode até vir do lado machista que vê a mulher relacionada só a assuntos do lar e por isso sem tempo para dedicação a outras coisas, inclusive quadrinhos. Mas enfim, trabalhar com HQs é árduo para ambos os sexos.
Qual tem sido o feedback para o seu trabalho?
Ele está vindo de forma natural. As pessoas comentam no blog e pessoalmente, quando vou expor as revistas em eventos. Também levo os produtos: camisetas, chaveiros, etc.. que ajudam ainda mais na divulgação. Mas ainda aguardo mais leitores, pois eles são a mola para que nós possamos continuar.
Você já publicou alguma coisa profissionalmente?
Profissionalmente faço quadrinhos institucionais para clientes e ilustrações de livros, a maioria para a editora Scortecci.
Quais serão os seus próximos trabalhos?
Meus próximos trabalhos estão relacionados a continuidade em ilustrações de livros, os quadrinhos do Verdugo, os quais pretendo evoluir a cada revista e minhas esculturas de papel machê, que é um trabalho que pratico há algum tempo e assim que possível gostaria de expor.
Acha que rola preconceito contra a produção femininas nos quadrinhos?
Bom, eu vejo que as pessoas olham com espanto. Numa roda de desenhistas por exemplo, você consegue contar facilmente as mulheres. Então é algo pouco, não por preconceito mas por falta de mais mulheres no campo mesmo. O preconceito pode até vir do lado machista que vê a mulher relacionada só a assuntos do lar e por isso sem tempo para dedicação a outras coisas, inclusive quadrinhos. Mas enfim, trabalhar com HQs é árduo para ambos os sexos.
Qual tem sido o feedback para o seu trabalho?
Ele está vindo de forma natural. As pessoas comentam no blog e pessoalmente, quando vou expor as revistas em eventos. Também levo os produtos: camisetas, chaveiros, etc.. que ajudam ainda mais na divulgação. Mas ainda aguardo mais leitores, pois eles são a mola para que nós possamos continuar.
Você já publicou alguma coisa profissionalmente?
Profissionalmente faço quadrinhos institucionais para clientes e ilustrações de livros, a maioria para a editora Scortecci.
Quais serão os seus próximos trabalhos?
Meus próximos trabalhos estão relacionados a continuidade em ilustrações de livros, os quadrinhos do Verdugo, os quais pretendo evoluir a cada revista e minhas esculturas de papel machê, que é um trabalho que pratico há algum tempo e assim que possível gostaria de expor.
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